DA SÍNDROME DO SOBREVIVENTE À IMIGRAÇÃO HAITIANA

Autores/as

  • Laís Cristina Bandeira
  • Marcelino da Silva Meleu

Palabras clave:

Governança. Síndrome do Sobrevivente. Imigração. Haitianos.

Resumen

O presente artigo trata sobre o possível acometimento da síndrome do sobrevivente pelos imigrantes haitianos como consequência da governança por números. Perante a abertura das fronteiras surgem duas situações de um lado, a perspectiva global, voltada a uma lógica de mercado e, de outro, uma perspectiva local de solidariedade em conceder o visto humanitário aos imigrantes haitianos que é questionada, por conduzir a uma ordem jurídica de direito de concorrência de governança por números, que cria graves problemas sociais. Nas relações laborais evidencia uma fragilização do estado, e outras autoridades de regulação, ocasionando uma dispersão da autoridade, do poder e, objetificando o imigrante haitiano como “instrumento” de concretização de trabalho e lucro, ou seja, a coisificação do sujeito (Arendt). A partir deste contexto que envolve as relações sociais, o presente trabalho objetiva estudar o impacto da governança por números nas relações laborais e, de forma específica analisar a ocorrência da síndrome do sobrevivente (Lifton e Olson) advinda daquela lógica, apoiada no método sistêmico de Niklas Luhmann, percebe-se que a busca pelos números de forma desenfreada tendem a desencadear a síndrome do sobrevivente nos imigrantes haitianos, inexistindo um sentimento de pertencimento à organização, que, por via de consequência acaba influenciando para uma maior produtividade e lucratividade do mercado, tornando este imigrante apenas um meio para atingir determinado fim.

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Publicado

2019-05-06

Cómo citar

Bandeira, L. C., & Meleu, M. da S. (2019). DA SÍNDROME DO SOBREVIVENTE À IMIGRAÇÃO HAITIANA. Revista Jurídica, 2(4), 148–167. Recuperado a partir de https://periodicosunidep.emnuvens.com.br/rjfd/article/view/96